sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fortaleza: Serviços de limpeza são intensificados nos corredores de ônibus

Vinte equipes de limpeza urbana da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) estão concentradas na área da Regional III realizando varrição, capinação e pintura de meio fio. No total, 300 homens trabalham na ação que beneficia as principais avenidas e corredores de ônibus dos 17 bairros da área da Cidade. 
Desde o dia 7 de novembro, os trabalhadores foram distribuídos com 20 caminhões para auxiliar na limpeza. Atualmente, a operação ocorre nas avenidas Jovita Feitosa, Mister Hull, Humberto Monte, Bezerra de Menezes e Parsifal Barroso. O prazo para conclusão do serviço é de 15 dias. “Na próxima semana entraremos na Avenida Perimentral, desde o viaduto do Antônio Bezerra até a Avenida Osório de Paiva e voltando pela Nova Perimentral”, destaca o chefe da Limpeza Urbana da SER III Geovane Albuquerque.
Fonte: Prefeitura de Fortaleza
 
 

Ônibus HíbridoBR será apresentado na Semana da Biodiversidade

Fruto da parceria entre a Eletra e a Mercedes-Benz, o HíbridoBR usa motor convencional e elétrico e reduz em 90% a emissão de poluentes, o ônibus elétrico híbrido HíbridoBR, será apresentado ao público que participa da abertura da Semana da Biodiversidade na cidade de Santos. O HíbridoBR é o mais novo lançamento da Eletra - empresa brasileira, especializada em tração elétrica para veículos de passageiros -, em parceria com a Mercedes-Benz. Com tecnologia 100% nacional, usa um motor convencional e outro elétrico para sua operação e reduz em até 90% a emissão de poluentes na atmosfera. 
Além dos benefícios ambientais, o HíbridoBR proporciona conforto ao usuário. Montado em chassis Mercedes, tem piso baixo e sistema de ajoelhamento que, por meio de controle eletrônico da suspensão, chega ao nível da calçada, facilitando o embarque do passageiro, e rampa para o acesso de cadeiras de rodas e deficientes. 
O controle eletrônico da aceleração evita os trancos típicos da largada e retomada. O motor diesel é isolado acusticamente na traseira do veículo, diminuindo o ruído interno e externo. O condutor trabalha com mais conforto, bem estar e tranquilidade. Tem 12 metros de comprimento e capacidade para transportar 77 passageiros, sendo 37 sentados e 40 em pé. 
Por gerar sua energia a bordo, o veículo híbrido não necessita de rede aérea para operar, nem recarga externa para as baterias, que são abastecidas pelo sistema de frenagem regenerativa, que consiste na recarga nas paradas para entrada e saída de passageiros e nas paradas normais de tráfego. 
O HíbridoBR tem tecnologia designada “série”, em que o motor elétrico traciona o veículo e a energia para este motor vem de duas fontes distintas: um grupo motor-gerador e um banco de baterias. O modelo combina o grupo motor-gerador Mercedes OM 924 LA de 4 cilindros movido a diesel ou a diesel de cana, padrão Euro5, com o motor elétrico, equipado por um conjunto de baterias. Tem gerador trifásico WEG e baterias Moura.
Fonte: Farol Comunitário

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Duas novas linhas de ônibus circulam em Fortaleza a partir de segunda-feira

Duas novas linhas de ônibus começam a funcionar a partir desta segunda-feira (26) em Fortaleza. As linhas Conjunto Ceará/Barão de Studart (096) e Messejana/Papicu/Manibura (019) vão beneficiar o deslocamento dos usuários dos terminais do Bairro Conjunto Ceará e Messejana em direção aos bairros Papicu e Aldeota. Segundo a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), a operação das duas linhas será de segunda a sexta-feira somente entre 5h e 9h. 
De acordo com Etufor, a linha Cj. Ceará/Barão de Studart vai iniciar o itinerário no terminal do Conjunto Ceará e vai trafegar pelas avenidas Bezerra de Menezes, Domingos Olímpio, Antônio Sales e Barão de Studart. A volta vai ser a partir da Rua Pereira Filgueiras e terá percurso expresso, sem paradas para embarque e desembarque até o terminal do Conjunto Ceará. 
A linha vai funcionar com oito coletivos. A linha Messejana/Papicu/Manibura vai funcionar com cinco ônibus e vai reforçar o atendimento realizado pela linha Messejana/Papicu/Via Cambeba (068). Segundo a Etufor, a única diferença entre as duas linhas é que a nova não entrará no Cambeba, seguirá pelas vias Frei Cirilo, José Leon, Washington Soares, Eng. Santana Júnior e Lauro Nogueira.
Fonte: G1 Ceará

terça-feira, 20 de novembro de 2012

DF: Brasília testa ônibus elétrico chinês para a Copa de 2014

De olho no meio ambiente e na Copa do Mundo 2014, a capital federal vai testar um ônibus 100% movido a eletricidade. Nos próximos três meses, especialistas da Universidade de Brasília (UNB) e população poderão avaliar a eficiência do veículo que, além de usar fonte de energia renovável, promete reduzir a poluição sonora.



Fabricado na China, onde circulam cerca de 1,8 mil ônibus elétricos, o modelo funciona com um conjunto de baterias de 538V, que garantem ao coletivo percorrer até 150 quilômetros numa única recarga.

Cada bateria leva de uma a três horas para ser recarregada e tem vida útil de pelo menos cinco anos. O ônibus possui ar-condicionado e capacidade para transportar 60 pessoas – 28 sentadas, 31 em pé e um espaço para cadeirante.

Se o desempenho do ônibus elétrico agradar, a intenção é trazer para Brasília a fábrica que produz o veículo ecológico, para modernizar o sistema de transporte urbano.

A introdução de veículos elétricos e híbridos no transporte coletivo também faz parte do acordo celebrado entre o governo do Distrito Federal e a Federação Internacional de Futebol (FIFA) para a Copa do Mundo de 2014. A meta é que essa frota transporte torcedores e turistas do aeroporto ao Setor Hoteleiro e ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

Fonte: Exame

Fortaleza: Reforma no terminal Lagoa deixa comerciantes sem trabalhar

Devido a uma reforma no centro de serviços do Terminal da Lagoa, dezenas de comerciantes foram obrigados a interromper suas atividades. A obra só deve ser concluída em dezembro

Permissionários do terminal de ônibus da Lagoa estão há oito meses sem trabalhar. A Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) interditou o centro de serviços do terminal e os boxes foram fechados para uma reforma - iniciada em abril último e tinha conclusão prevista para 90 dias - prazo já expirado.

A Emlurb, por meio de sua assessoria de imprensa, não soube informar quantos pontos comerciais estão fechados e quantos trabalhadores deixaram de exercer suas atividades. Segundo o órgão, a obra é necessária. Para Airton Montenegro, arquiteto responsável pelo projeto, há problemas estruturais no local: “Foi preciso demolir a antiga estrutura metálica e vamos construir uma nova”. Ele diz que o que foi feito até agora é uma etapa do processo, pois ainda há reparos pendentes. “Falta restaurar a instalação elétrica, recuperar esquadrias e pilares, além de uma pintura geral”.

Enquanto a reportagem esteve no local, foi possível observar rachaduras em colunas e paredes, estruturas metálicas oxidadas e vasos sanitários sem condições de uso.

Um permissionário que preferiu não se identificar disse que está sem trabalhar desde o início da reforma: “Venho fazendo bicos desde que fecharam minha loja. Tenho medo de arrumar um emprego de carteira assinada e de repente as lojas reabrirem”. Outra queixa frequente entre os comerciantes é a “indisposição” da Emlurb em a acomodá-los em outro lugar durante a reforma. “Nunca chegaram com essa proposta”, diz outro comerciante. A demora na conclusão da obra e a falta de informações incomodam os permissionários. “Já tentamos marcar reunião com o pessoal da Emlurb, mas eles ficam enrolando”, dispara um comerciante.

Airton Montenegro admite o ritmo lento, atribuído por ele à “complexidade da reforma”. Em alguns trechos, foi necessário abrir vigas e pilares, segundo o arquiteto. Ele afirmou ainda que o contrato entre a Prefeitura de Fortaleza e a Astral Construtora Ltda, empresa responsável pela obra, sofrerá um aditivo.
Fonte: O Povo

Rio terá a maior rede do sistema de Ônibus Rápidos do mundo

O Rio de Janeiro se prepara para ter, até os Jogos Olímpicos de 2016, o maior BRT do mundo. A maior linha do sistema, a Transbrasil, deve transportar até 60 mil pessoas por hora num sentido e 900 mil num dia.


Com essa capacidade, ele perderia para poucas linhas de metrô no mundo. No Rio, o metrô transporta não mais que 30 mil/hora e 650 mil pessoas/dia.

Companhias de ônibus querem reverter crise com via rápida.

O plano é que o Transbrasil cruze toda a avenida Brasil, a mais congestionada da cidade, transformando uma faixa exclusiva hoje existente num corredor de duas faixas, tirando uma dos carros.

No total, o plano é construir quatro linhas de BRT, somando 150 quilômetros, entre 2011 e 2016. A primeira, Transoeste, já está parcialmente operando e desperta curiosidade.

Na Etranspor 2012, mil pessoas pediram para conhecer o sistema. Em outras feiras, não eram mais que cem.

O Transoeste fez os passageiros ganharem 70 minutos por viagem -o percurso completo é feito em 50 minutos hoje. Outro destaque são as estações confortáveis e frescas, mesmo no calor carioca.

"Quebramos o paradigma. Agora não é só mais metrô e VLT. Mas não precisamos ficar numa briga de 'metrozistas' e 'brtistas'. O planejamento dirá onde cada um é mais adequado", diz Alexandre Sansão, secretário municipal de transportes do Rio. 

O BRT é operacionalmente mais caro que o ônibus. O Transoeste,  ainda incompleto, dá prejuízo mensal de R$ 3 milhões, com tarifa de R$ 2,85.

A expectativa do senhor Lelis Teixeira, presidente da Fetranspor, entidade que reúne as empresas de ônibus do Rio, é reverter as perdas com o sistema completo. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Novas funcionalidades - Versão 1.186.274

Seguem as novas funcionalidades disponíveis na versão 1.186.274 do Tráfego Urbano.

Movimentos - Prestação de Contas - Importação de arquivo - Criada a importação de dados do Arquivo Detalhado para a prestação de contas.

Nesta versão, será possível importar o arquivo detalhado por viagem, que contem os dados de prestação de contas com informações já processadas pelo Sindiônibus. 
A importação segue o padrão de importação do encerrante Empresa1. 

Para configurar a importação acesse: Utilitários, Configuração, Prestação de Contas:


Definindo em Layout o modelo Arquivo Detalhado, salve a configuração e acesse o Sub-sistema Administração para definir em: Cadastros, Parâmetro de Prestação de Contas por Garagem, as pastas de Importação de Arquivo, Backup de arquivos importados e Erros para arquivos não importados por falha em sua estrutura.


Definindo estas configurações, resta mapear o códigos das Linhas e Cartões nos seus respectivos cadastros, conforme a codificação cedida pelo Sindiônibus. 


Após esta definições e parametrizações, a importação ocorre na mesma tela de importação de encerrantes, mantendo os mesmos padrão de gravação dos canhotos/Bcd's.

Abaixo segue um exemplo de um arquivo detalhado:




Relatórios - Divergência Horas Programadas x Realizadas - Exibição da quantidade total de horas extras de todos os empregados por cargo.

Com esta alteração, é possível visualizar alem do total de Horas Extras Previstas e Realizadas com Divergência,  um Totalizador por função de Horas Extras Previstas (Divergentes + Não divergentes da Escala Diária) e o Total das Horas Extras Realizadas (Divergentes + Não Divergentes da Escala de Serviço)



RN: Comércio irregular de passagens em Natal prejudica o sistema de transporte público


Para inibir a atuação dos chamados “janelinhas”, pessoas que lucram com a venda irregular de passagens dos ônibus em Natal (RN), a Prefeitura anunciou alterações no Sistema de Integração do Transporte Público da cidade. A partir da próxima quinta-feira (15), o “Passe Livre”, como é chamado esse sistema que permite ao usuário trocar de linha pagando uma única passagem com o cartão eletrônico no intervalo de 1h, vai ficar restrito. Com a mudança as linhas que tem origem em um mesmo terminal ou bairro não poderão mais integrar entre si.

Segundo o secretário adjunto da pasta de Mobilidade Urbana (Semob), Haroldo Maia, o Passe Livre, que foi implantado na capital potiguar em 2009, está sendo vítima de uma fraude ocasionada pelo comércio paralelo e irregular das passagens do cartão eletrônico dos usuários, e isso estaria prejudicando o sistema de transporte da cidade com a evasão da receita. “Existem pessoas lucrando com a utilização do benefício da integração, criado para o usuário completar sua viagem sem o custo de uma segunda tarifa”, conta. 

Chamados de “janelinhas”, pois vendem o passe do cartão eletrônico ao usuário do ônibus, que depois o devolve pela janela, essas pessoas também são conhecidas por valeiros. Elas ficam em diversas paradas da cidade e com vários cartões, abordando os usuários do trasporte coletivo e perguntando se eles vão pagar em dinheiro para poder vender o passe a preços mais baixos do que a tarifa vigente, que é de R$ 2,20. Em geral, praticam o valor de R$ 1,75 e também vendem a segunda passagem do cartão, que é gratuita para o usuário.

“É nessa prática que está o lucro, pois os janelinhas vendem o passe por um preço mais baixo e lucram, depois vendem a o passe da integração que é gratuito para o usuário e lucram novamente, desvirtuando a função do Passe Livre. E isso acontece mais de uma vez em pouco tempo”, explica o secretário da "Semob". Em Natal, existem seis empresas de ônibus que atuam na cidade com 88 linhas e transportam cerca de 8 milhões por mês.



Haroldo Maia fala ainda que "para se ter uma ideia, em maio de 2009, logo no inicio da implantação do Passe Livre, eram feitas cerca de 86 mil integrações por mês, hoje, elas estão na faixa de 1,2 milhões mensais, quando deveriam girar em torno de 400 mil. " E acrescenta: "Após análise nos relatórios da bilhetagem eletrônica  foi constatado que um mesmo cartão eletrônico  esta integrando 600 vezes por mês, e outro 500 vezes. Que nos leva a crer na fraude"

Ele explica também que essa prática irregular acarreta um desequilíbrio econômico, prejudicando o próprio usuário  pois traz reflexos na qualidade do serviço. Completa: " Isso está enfraquecendo o sistema. " E denuncia que, os cartões eletrônicos nas mãos dos 'janelinhas' são alugados ou adquiridos de pessoas que recebem de empresas privadas e de funcionários públicos, para seu deslocamento ao trabalho.

Fonte: Fortalbus.com

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Caos no setor do transporte de Aracajú(SE) é reflexo do congelamento da tarifa


Trabalhadores das empresas VCA (Viação Cidade de Aracaju) e São Cristóvão paralisaram as atividades durante a manhã desta quarta-feira, 07, questionando o atraso nos pagamentos. De acordo com o superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), José Carlos Amancio, a situação já era, infelizmente, esperada, diante dos últimos dois anos sem reajuste da tarifa de ônibus, que já vinha em desacordo com a planilha de custos para o serviço.



"Esse caos já tinha se instalado, desde quando o setor, mesmo sem o reajuste tarifário, concedeu reajuste no salário e no ticket alimentação aos rodoviários. Isso é matemática. Nós, inclusive, já vínhamos comunicando à prefeitura que o serviço não iria se sustentar dessa forma", disse Amâncio, frisando que, por exemplo, foi concedido 10% de reajuste salarial e 20% nos tickets mesmo sem o reajuste da tarifa.

"Infelizmente o caos já atingiu a primeira empresa e eu acredito que, se não tomarem uma posição mais enérgica, atingirá as demais empresas também. O certo é que as empresas tenham até o dia 30 os recursos necessários para pagarem os funcionários, mas infelizmente isso não aconteceu. Precisamos que o poder público que foi o pivô dessa situação tome uma providência. Do jeito que está o setor não se sustenta", alertou Amâncio. O superintendente afirmou ainda que, "ao logo dos anos, principalmente na última gestão da prefeitura, o reajuste da tarifa tem sido muito mais político que técnica. Se assim não fosse, as empresas não estariam atrás de empréstimos de bancos e mais bancos para conter as despesas", reclamou ele. 

O superintendente lembra que o prefeito havia prometido reajustar a tarifa após a licitação, no entanto, por não ter colocado ainda o processo licitatório em vigor a prefeitura acabou desestabilizando as empresas. "Apresentaram um projeto com irregularidades e a agora nem foi revista a licitação nem a tarifa. As empresas continuam trabalhando na expectativa de que o prefeito atual se sensibilize e conceda o reajuste adequado em equilíbrio com a planilha de custo", disse ele.

Segundo o superintendente, outro fator que implica no desequilíbrio financeiro das empresas é o volume de impostos que as empresas pagam para a prestação do serviço público.  Entre os destaques estão o pagamento da taxa de gerenciamento à Prefeitura de Aracaju e o alto imposto sobre o combustível diesel. "Afirmar hoje que a tarifa cobre as despesas das empresas com o serviço é uma mentira. Os impostos pagos pelas empresas já são pagos com dificuldade. E os ajustes e pagamentos internos, manutenção, compra de equipamentos e de ônibus são feitos através de endividamento", disse José Carlos Amâncio, considerando que a discussão pelo poder público sobre a desoneração do custo do serviço do transporte está estagnada.

Mesmo diante da realidade, as empresas VCA e a São Cristóvão depositaram o pagamento dos salários que estavam programados para esta quarta-feira, quinto dia útil do mês, bem como das férias que estavam em atraso. "Compreendemos a reivindicação dos trabalhadores, que é justa. Eles fizeram uma paralisação ordeira, mas apelamos para a compreensão deles para que, diante do anúncio das empresas de efetuarem os pagamentos ainda hoje, encerrassem a paralisação para que o serviço à população volte à normalidade", disse Amâncio. A paralisação dos rodoviários foi suspensa por volta das 12h30

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ônibus elétricos já são realidade no Brasil

Aos poucos, os ônibus elétricos ganham as ruas das cidades brasileiras, especialmente nos grandes centros. Em julho deste ano, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, anunciou que seriam feitos testes na região com um ônibus elétrico chinês - que chegaria ao Brasil em outubro, segundo a TCB, empresa pública de transportes de Brasília - e que modelos similares serão utilizados durante a Copa de 2014, quando já deverá estar instalada uma fabrica do veículo no DF.


Outros ônibus elétricos também já circulam no Rio de Janeiro, onde a brasileira Tracel, em parceria com a COOPE-UFRJ, desenvolveu um protótipo de ônibus híbrido movido a hidrogênio, e em São Paulo, através da Eletra. Mesmo sem fazer previsões exatas, especialistas da área acreditam que os coletivos que investem em energia limpa devem se tornar cada vez mais comuns no país.

Com 12 anos de experiência no setor de transportes, a Eletra é responsável por desenvolver ônibus elétricos de três tipos: trolebus, híbridos e elétricos puros. Enquanto os primeiros, que já são cerca de 300 em São Paulo e no ABC Paulista, precisam de uma rede de subestações para alimentar seu sistema de tração elétrica e não são poluentes, os híbridos, que já circulam em São Paulo e no ABC paulista com 38 modelos, apesar da tecnologia similar, apresentam emissão de poluentes, em um nivel baixo.

"O trolebus é cerca de 10 vezes mais barato do que o metrô, e em países como o Brasil, onde a matriz energética é a hidrelétrica, ele tem zero emissão, e é bastante silencioso. Já o nosso híbrido tem emissão de poluição, gerando energia a bordo, através de um gerador, queimando diesel ou álcool para fazer o veículo andar, o que dispensa a rede elétrica necessária ao trolebus, mesmo sendo vinte por cento mais caro que o primeiro", compara o gerente de engenharia da Eletra, Paulino Hiratsuka.


Elétrico puro usa apenas uma bateria

Ainda em fase experimental, o terceiro tipo de ônibus elétrico desenvolvido pela empresa, o elétrico puro, tem como grande diferencial o uso apenas de uma bateria, fabricada de acordo com a necessidade do veículo. "Como não tem autonomia para rodar o dia todo, o elétrico puro precisa de pontos de recarga ao longo do seu trajeto, demandando três horas para recarregar o suficiente para rodar 150 quilômetros. O custo dele é mais alto em relação ao híbrido e ao trolebus, mas esse valor depende muito do tipo de autonomia e bateria utilizadas, e como essa tecnologia não tem demanda comercial ainda, ela é relativamente cara ainda", explica Hiratsuka.

Diferentemente do ônibus híbrido desenvolvido pela Eletra, o protótipo feito em parceria entre a Tracel e a COPPE-UFRJ utiliza cerca de seis quilos de hidrogênio, um combustível não poluente, para 100 quilômetros percorridos, o que reduz a zero o nível de emissões. "O uso de um combustível limpo garante um ganho na combustão interna, e a eficiência na gestão de energia faz com que o sistema consiga reaproveitar boa parte da energia consumida, quando o veículo freia. Além da eficiência, o motor elétrico é bastante resistente, e em relação ao preço, a tendência é que acompanhe o barateamento da própria energia, o que esperamos que aconteça durante o desenvolvimento do projeto", destaca um dos responsáveis pelo desenvolvimento do ônibus pela Tracel, Hugo Miranda.


Apesar de não precisar um período exato para o aumento do número de ônibus elétricos circulando no Brasil, Miranda destaca que o investimento em tecnologias renováveis e limpas tem sido cada vez maior entre as empresas fabricantes de ônibus. "Todas as empresas do setor no mundo estão investindo em projetos com essas soluções, o que deve indicar o caminho a ser seguido pelo setor no futuro", ressalta. O gerente de engenharia da Eletra também acredita no crescimento da frota de veículos elétricos nos próximos anos, especialmente nas grandes cidades. "Nos grandes centros, vai ser insuportável se isso não ocorrer, e as grandes montadoras estão investindo muito; por isso a tendência é o crescimento do número de ônibus elétricos, não em 50% da frota, mas talvez em 10%", estima Hiratsuka.
Fonte: Fortalbus.com