Somando-se às tantas ações anunciadas, programadas e não concretizadas
no tempo previsto, estão as faixas prioritárias para transporte público
na Capital. O sistema de tráfego que leva o nome de Serviço Rápido de
Ônibus (BRS- sigla em inglês) já deveria estar funcionando desde junho,
diminuindo pela metade o trajeto entre a Bezerra de Menezes e o Centro,
de 1h10 minutos. A nova previsão é agosto e o atraso pode impedir que
outros dois trechos sejam implantados até o fim de 2012, como foi
anunciado pela Prefeitura de Fortaleza.
Não houve grandes impactos financeiros e o projeto já está finalizado,
sem os entraves estruturais mencionados quando da divulgação sobre a
data de implantação, em março. O que impediu o cumprimento do cronograma
do BRS foram as negociações trabalhistas entre motoristas e empresas de
coletivos, que acontecem anualmente. A informação foi fornecida pelo
presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar
Gondim, que definiu a primeira quinzena de agosto como nova data.
Serão três grupos de linhas (BRS1, BRS2 e BRS3) pertencentes ao primeiro
trecho, Antônio Bezerra/Centro. Ainda há, entretanto, as opções de
sistema nos trechos Antônio Bezerra/Messejana, Lagoa/Centro,
Messejana/Centro e Leste-Oeste/Centro. Haverá, em cada parada de ônibus,
sistemas de informação sobre horários e itinerários. Sinalizações e
ações de educação orientarão os motoristas. Os semáforos, porém, não
serão alterados, como aconteceu na implantação do BRS no Rio de Janeiro,
que serviu como exemplo para execução do sistema em Fortaleza.
A experiência carioca é recente, ainda de 2012, mas os cearenses que
utilizam o BRS no Rio já conseguem apontar diferenças que poderão
dificultar a fluidez esperada para o trânsito fortalezense. “Os
corredores deixam as viagens mais rápidas, principalmente em horários de
pico. É preciso, porém, lembrar que eles existem em avenidas largas, de
até cinco faixas. Não sei como funcionaria em vias estreitas como as de
Fortaleza. O motivo para adiarem a implantação deve ser porque ainda
estão pensando como vão fazer”, avaliou a jornalista Roberta Bonfim, que
há um ano mora no Rio de Janeiro.
Detalhes e pendências
Das
sete vias que deverão receber o primeiro BRS em Fortaleza (avenidas
Bezerra de Menezes, Tristão Gonçalves, Imperador e Duque de Caixas; e as
ruas Metom de Alencar, Pedro I e Padre Ibiapina), apenas Bezerra de
Menezes e Imperador poderão abrigar duas faixas do corredor. No restante
dos logradouros, considerados mais estreitos, os ônibus circularão com
prioridade em apenas uma faixa.
Alguns detalhes ainda estão em
análise para a concretização da melhoria no transporte público da
Capital. De acordo com o presidente da Etufor, ainda é preciso rever o
acesso a escolas e bancos que estão localizados nas vias do trecho. A
entrada no corredor, restrita a ônibus, vans e táxis com passageiros, só
será permitida em casos de acesso ao lote (estacionamento ou garagens) e
para conversões.
Entretanto, não foi acertado
ainda, junto aos taxistas, como a verificação da existência de clientes a
bordo será executada. “Os carros provavelmente não poderão ter fumê na
parte traseira”, acrescentou Ademar. Todas as paradas de ônibus no
primeiro trecho serão realocadas e terão cerca de 500 metros de
distância. Antes das penalidades sobre “invasões” dos corredores
prioritários, uma ação educativa vai tirar dúvidas de motoristas e, de
acordo com informações divulgadas em março, existirão aparelhos
eletrônicos de fiscalização a cada 200 metros.
Fonte: Fortalbus
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